Feira do Livro iniciou

A feira do livro de Carlos Barbosa está oficialmente aberta desde a noite desta terça-feira, dia 24. Organizada pela Administração Municipal, em ação da Proarte, a feira segue até o sábado, dia 28, das 9h às 21h, no Colégio Santa Rosa. As atrações são diversas: livreiros, sebo, escritores, animação cultural e espaço da leitura. Os escritores também estão passando nas escolas, fazendo trabalhos diretamente com os estudantes.

Maria Cristina Chies, diretora-presidente da Proarte, deu as boas-vindas ao público presente. "Que possamos ter nos próximos dias momentos muito felizes e muito atrativos", desejou. O patrono da Feira, Fabrício Carpinejar, agradeceu o convite e já no início de seu pronunciamento contou um pouco sobre seu amor pela literatura. "Comecei a escrever quando vi minha mãe cozinhando e ela teve a ideia de um poema, no meio de uma bagunça, e não teve tempo para pedir um papel e uma caneta. Ela pegou uma caneta e escreveu o poema no avental." O prefeito Fernando Xavier da Silva destacou a iniciativa, afirmando que o governo não abrirá mão da realização da Feira do Livro. "Não há o hábito de leitura em Carlos Barbosa, mas nós vamos insistir porque acreditamos que os livros trazem coisas importantes." O prefeito lembrou também do aniversário de 90 anos do Colégio Santa Rosa, destacando a importância da instituição, sem esquecer de destacar outras instituições solidificadas no município, como a escola Estadual Carlos Barbosa, que comemorou 75 anos, e empresas como a Tramontina e santa clara, às vésperas de completar seus centenários.

Na sequência o prefeito e a secretária de Educação Marize Beatriz guerra Pontin entregaram uma placa comemorativa aos 90 anos da escola à diretora Noemi Vrieling.

Fabrício Carpinejar, o patrono da 19ª Feira do Livro Durante o talk show de abertura da 19ª edição da Feira do Livro de Carlos Barbosa, o escritor e patrono da Feira foi o entrevistado. De forma bem- humorada respondeu às perguntas do apresentador Roger e, até durante os assuntos sérios, fez poesia.

"Quem lê fica mais honesto consigo, mais espontâneo." "Eu posso ficar com meus filhos. Escolhi ser escritor pra isso." "Quando eu estou sofrendo, eu sofro. Não consigo fazer duas coisas ao mesmo tempo." "Quem tá chorando não vai pedir lenço emprestado. Vai assoar na manga. Tem que ter um pouco de porquice na dor." "Antes os escritores não queriam falar sobre nada. Diziam ‘o livro fala por si'.

Mas o livro não vai falar nada se você não puxar assunto." "Seja mais louco que seu adolescente em casa. O adolescente respeita quem é mais louco que ele." "A literatura tem que provocar sustos. É como a criança. Ela se esconde atrás da parede aí tu dás um susto nela, e ela volta a se esconder para levar outro susto. Ela fica viciada em susto." "A gente fica pensando que conquistar uma pessoa é guardar a data de nascimento, o signo, onde ela vai… Essas coisas bobas. Se tu amas uma pessoa tu guardas o inútil, porque só tu vais guardar o inútil dela. Ela é tão importante pra ti que tu não vais escolher o que guardar, vais guardar tudo." "Se tu realmente amas uma pessoa tu vais guardar qual o xampu que ela usa, se ela usa azeite na comida, como ela gosta de servir, como ela usa os talheres, de que forma ela faz a cama… Porque só tu é capaz de guardar isso dela." "O que eu mais quero é ter amnésia, para que minha mulher possa completar aquilo que eu não conseguir lembrar." "Meus filhos me lendo é o maior prêmio que tive. Eles estão me lendo não como pai, mas como autor."

FOTOS: Virginia Silveira/ Prefeitura Municipal de Carlos Barbosa 01: Abertura da feira 02: Secretária de Educação e prefeito entregam placa em homenagem ao Colégio Santa Rosa à diretora (E) 04, 06 e 07: Patrono Carpinejar 08: Carpinejar autografou suas obras na Feira após a abertura 09 e 10: Fotos das livrarias
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