Reduzir os gastos do governo é o único caminho viável para a redução da carga tributária, que assola os contribuintes. Atualmente, há consenso perante a sociedade brasileira de que é necessário o enxugamento da estrutura estatal, concedendo-lhe eficiência. Nos anos 90, o Brasil avançou com a Reforma Administrativa e o do modelo de publicização das não exclusivas de Estado.

Na contramão desse processo, o Orçamento da União para 2008 prevê a contratação de 56.348 servidores federais, colocando a última pá de cal sobre o trabalho desenvolvido pelo governo anterior. Ao longo de oito anos de gestão, FHC reduziu o contingente em 19%, enquanto Lula, em quatro, incrementou a máquina estatal em 27,5%. Traduzindo em números absolutos, o governo federal abrigava, ao final de 2002, 780 mil servidores, e terminou 2006 com quase um milhão.

Tanto no passado como no presente, a adoção dessa agenda atende a um mesmo propósito: criar o ambiente ideal para a prática do clientelismo na administração federal, concedendo ao sistema político a prerrogativa de demitir e nomear, loteando órgãos públicos.

Ao privilegiar a contratação de servidores e ampliar o gasto público, o Brasil perde a oportunidade oferecida pelo ótimo momento da economia mundial para realizar e compor reservas para o futuro. Opta por repetir os velhos erros do passado, criando novas estruturas públicas para suprir as demandas que emergem da sociedade, e não promove a Reforma Administrativa.
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